Três meses para o Enem: o que fazer?

Publicado: 12 de agosto de 2013 em Uncategorized
Tags:,

Em menos de doze semanas estudantes de todo o país finalmente colocarão em prática os conhecimentos adquiridos ao longo de toda a vida escolar. É, o Enem já está quase aí e, obviamente, nesses quase três meses não dá para resolver todos os problemas que eventuais lacunas de formação podem ter deixado, mas acreditem, ainda dá pra fazer muita coisa, então aí vão algumas dicas, palavra de quem entende do assunto.

1. Treine Redação. Até não poder mais.

Nem preciso dizer que Redação é a disciplina mais importante para quem quer um resultado decente no Enem (não, eu não falo isso por que dou aula dessa matéria, sério mesmo). Você já fez todos os temas dos exames antigos? Pelo menos os mais recentes? Não? Então, ainda dá tempo, baixe todas os  temas de redações anteriores e estabeleça uma agenda realista. Se você não tiver ninguém para corrigir suas redações, faça assim mesmo, e dê um tempo para reler o texto, fica mais fácil encontrar os próprios erros quando tiramos uma folga do que escrevemos.

2. Elabore um plano de estudos realista

Vestibulando é um ser que gosta de se enganar. Sei que essa afirmação é meio dura, mas é verdade. Não planeje estudar oito horas por dia se você estuda zero além do tempo que passa em sala por que você não vai cumprir isso. Então estabeleça metas claras, fazer X questões por dia, por exemplo.

3. Elabore um plano de ação

Essa é uma boa hora para decidir como vai fazer a prova.  No segundo dia eu sempre recomendo começar pela redação, mas o resto é bem pessoal. No meu caso funcionou muito bem começar pelo que eu tenho mais facilidade, linguagens/humanas,  com eventuais escapadas para fazer questões de outras provas, como forma de descansar dos textos. Não deixe para descobrir o que é melhor para você na hora da prova, tente fazer provas em casa e pensar sobre o assunto agora.

Escolho inglês ou espanhol?

Publicado: 13 de março de 2013 em Uncategorized
Tags:

Essa é uma opção nem sempre tão simples quanto parece.  Antes de tudo, é importante entender como as provas cobram os idiomas.  Basicamente, o que se espera de um estudante do ensino médio que pretende entrar na universidade é que ele seja capaz de ler textos simples em uma das duas línguas e inferir suas informações mais importantes, digamos assim. Isso é, de maneira muito simplificada, o que os professores chamam de língua instrumental.  Logo, você não precisa falar fluentemente língua nenhuma para se dar bem na prova, porém, você vai precisar LER em uma das duas línguas, então algum estudo é necessário, obviamente.

Entendidas essas informações vamos ao que interessa:

  1. Muita gente escolhe inglês por que tem essa disciplina na escola. Vou ser muito sincera aqui, o inglês que a maior parte das escolas ensina não é o suficiente para fazer uma boa prova, especialmente o exame de qualificação da UERJ. Obviamente, existem exceções, mas, no geral, não rola.
  2. Sim, para quem não fala nenhuma língua  estrangeira é mais fácil fazer espanhol. Vamos lá, eu sei que você teve uma professora/amiga/vizinha/tia que fala espanhol e disse que espanhol é tão ou mais difícil que inglês.  Bem, uma vez que somos brasileiros e falamos um idioma que tem a mesma origem que o espanhol, isso não faz o menor sentido. É óbvio que falar e conhecer bem a língua espanhola é complicado e demanda tempo e dedicação, mas, vale lembrar, estamos falando de instrumental. Se você não fala nenhum idioma estrangeiro faça o teste entre em http://www.nytimes.com/ e depois em www.pagina12.com.ar/ e veja em qual dos dois é mais fácil entender as notícias.
  3. Não dá pra aprender uma língua no pré-vestibular. Óbvio que você consegue noções, mas  não vale a pena investir em inglês nesse momento (e aqui eu estou falando especialmente com meus alunos do PVS) pensando, por exemplo, o mercado de trabalho. O negócio nesse momento é conseguir um bom resultado na prova. Além disso,  as universidades públicas do Rio de Janeiro oferecem fantásticas e muito econômicas opções de cursos de idiomas como o Clac, da UFRJ (http://www.clac.letras.ufrj.br/), então, meu conselho é passe no vestibular agora e aprenda uma língua depois.
  4. Resumindo, só escolha inglês se você já falar a língua ou estiver disposto a estudar muito, muito mesmo.

Obs.: esse post, como tudo no blog, reflete única e exclusivamente a minha opinião sobre o assunto.

Como estudar para o vestibular? (1)

Publicado: 23 de abril de 2012 em Uncategorized

Essa é uma pergunta incrivelmente ampla e vaga, mas acredito que reflita com muita precisão o sentimento de muitos dos meus alunos em relação às provas que vêm pela frente. Então vamos lá: como estudar para o vestibular? Não preciso nem começar dizendo que não há uma fórmula mágica, por isso, a ideia dessa série de posts é dar conselhos básicos. Nesse primeiro post, vou falar sobre o mais básico de todos:

1. Conheça as provas
Simular o momento do concurso em casa é fundamental nesse sentido, por isso, baixe provas e tente fazê-las num espaço de tempo determinado. Acho que elaborar um cronograma é outro ponto essencial. Com base no tempo que você tem de estudo, estabeleça um prazo máximo para ter feito as provas dos últimos anos, como já estamos em Abril, tente fazer isso logo.

Mas, conhecer as provas não é só resolver questões. Acho importantíssimo se esforçar para entender como funcionam as cabeças quem elabora as provas, para isso, eu recomendo fortemente a revista do vestibular da UERJ – http://www.revista.vestibular.uerj.br/ – e as provas comentadas da UNICAMP – http://www.comvest.unicamp.br/vest_anteriores/provas_comentadas.html – especialmente a parte de redação (mesmo para quem não pretende tentar vestibulares de fora do Rio). Ainda na minha disciplina preferida leia as redações nota 10 da Fuvest – http://www.fuvest.br/vest2011/bestred/bestred.html – Elas dão uma boa noção do que é ou não bem visto de verdade por corretores. 

Ler os editais e manuais do candidato também é importante e ninguém faz isso. Pule as partes burocráticas e dê uma olhada no que aparece como conteúdo. Pode ser muito útil no próximo passo dessas orientações: planejar os estudos

Próximo post: planejamento de estudos

Como é fazer faculdade à distância?

Publicado: 10 de fevereiro de 2012 em Uncategorized

Para responder a essa pergunta eu me basearei na minha experiencia com a graduação do CEDERJ, para quem não estiver muito familiarizado com o termo, eu sugiro a leitura desse tópico AQUI.

Agora, ao que interessa, graduação à distância. Como as pessoas não conhecem bem esse tipo de graduação é muito comum ouvir opiniões extremas como ‘ fazer curso a distância é muito mais fácil’ ou ‘fazer um curso à distância é muito mais difícil’. Geralmente, os donos da primeira opinião não sabem nada sobre educação à distância, e os da segunda são os alunos desse tipo de curso, que ficam completamente de saco cheio desse tipo de opinião e acabam caindo no outro extremo.

De verdade, eu (que fui aluna do CEDERJ pra quem não sabe) acho que fazer um curso à distância tem pontos que o tornam mais fácil do que cursos presencias  e pontos que são mais complicados. Logo, no fim das contas, em termos de dificuldade, dá na mesma. Fazer faculdade não é fácil pra ninguém que procure uma instituição séria e não é a modalidade que interfere nisso.

Graduação no CEDERJ na prática:

Plataforma CEDERJ
Todo aluno tem acesso a uma plataforma virtual, nela aparecem as disciplinas em você está inscrito. Cada disciplina tem uma página, com suas informações: as datas das avaliações, o material didático, links para videoaulas, um fórum para trocas opiniões com o tutor e com os coleguinhas na mesma disciplina e etc. É muito importante entrar nessa plataforma com frequência.

Material didático
Todas as apostilas são gratuitas. Isso ajuda muito, e diminui muito os custos de fazer um curso superior, para mim, esse é um ponto positivo fundamental. Num curso presencial gasta-se muito dinheiro com xérox, não que você não vá gastá-lo no CEDERJ, é só que você vai gastar bem menos.

Tutoria
Tutoria é como chamam as ‘aulas’ presenciais no CEDERJ, na prática, é o momento em que você tira as duvidas sobre as aulas com um professor de carne e osso. A presença não é obrigatória, mas costuma ser legal aparecer de vez em quando. Na plataforma você tem acesso a uma grade horária dessa tutoria, que geralmente acontece à noite ou aos sábados.

Avaliações
Existem dois tipos de avaliação no CEDERJ, as Avaliações à distancia e as Avaliações presenciais (AD’s e AP’s para os íntimos). Você faz duas de cada por semestre, as primeiras, com o nome já diz são trabalhos que você entrega ou pessoalmente no seu pólo ou pelos correios. Já as segundas são provas no sentido mais tradicional do termo, elas sempre acontecem aos sábados e domingos e o período de avaliações acontece durante dois fins de semana. Se você não consegue as notas suficientes, então pode fazer uma última avaliação presencial (tipo uma recuperação) no fim de cada semestre.

Pólo CEDERJ
Uma dúvida comum é com que frequencia você tem que ir ao pólo. Bem, isso depende de você. Se você for muito autônomo, dá pra aparecer só para as AP’s, ou seja quatro fins de semana por semestre. Mas se voce quiser acompanhar as tutorias presencias, pode aparecer quase todo dia.

Uma outra dúvida frequente é sobre a qualidade dos cursos. Bem, os cursos do CEDERJ são sim muito bons, mas se você me perguntar se é a mesma coisa que estudar na universidade de fato eu vou ter que responder com um não.  No entanto, essa resposta se deve ao fato de que,  para mim pelo menos,  universidade é muito mais do que simplesmente estudar pra ganhar um diploma. Cabe acrescentar ainda que eu ainda acredito que o ensino público superior oferece uma qualidade que (salvo raras exceções) inexiste no ensino privado. Então minha lógica é mais ou menos:
Primeira opção: curso presencial em universidade pública
Segunda opção: curso semi-presencial em universidade pública
Terceira opção: mais uma ano de pré-vestibular
Quarta opção: mais um ano de pré-vestibular
Quinta opção: curso presencial em faculdade particular

Por isso, pessoal, vale sim muito a pena tentar o vestibular do CEDERJ. Ainda que lá não tenha o curso dos seus sonhos, tente assim mesmo, na pior das hipóteses você passa e ganha mais experiência para a próxima. Ou seja, pior do que está, amigo vestibulando, não fica.

O que é o CEDERJ?

Publicado: 10 de fevereiro de 2012 em Uncategorized

Muita gente tem dúvidas sobre o ensino superior à distância, por isso acredito que  seja importante  falar sobre o CEDERJ, que é a grande opção nesse sentido aqui no Rio.

Antes de tudo é legal explicar o que de fato é o CEDERJ, então, vamos lá, o CEDERJ não é uma Universidade pública. O CEDERJ é um consórcio entre as universidades públicas do estado  (UERJ, UFRJ, UFRRJ, UNIRIO, UFF). Quando você escolhe um curso no CEDERJ você está se vinculando a uma dessas universidades, só que ao invés de se deslocar diariamente até os campi, (Tipo ir pra Niterói todos os dias estudar na UFF) você realiza as atividades acadêmicas no Pólo CEDERJ.

Uma coisa que as pessoas sempre querem conferir, o diploma. Sim, o diploma que você recebe quando se forma por uma universidade pública via CEDERJ é exatamente igual ao que você receberia se estudasse presencialmente

Aqui cabe uma explicação, a fundação CEDERJ também oferece um pré-vestibular, o Pré-Vestibular Social (PVS). Favor não confundir os pólos de graduação com os pólos do PVS por que não necessariamente são os mesmos locais (Na prática, todo Pólo CEDERJ oferece as duas coisas, o PVS e os cursos de graduação, mas, em muitos locais o PVS acontece em escolas do estado, nesses casos, não há cursos de graduação no mesmo espaço).

Sobre o vestibular CEDERJ
O vestibular CEDERJ acontece, tradicionalmente, duas vezes por ano. Logo você pode fazer a prova em mai\ junho para começar a estudar em agosto ou em novembro\dezembro para começar no ano seguinte. Dá pra usar a nota do ENEM  (e vale a pena usar essa opção) ou fazer as provas normalmente.

Mais dúvidas sobre o CEDERJ, pessoal? Olhem o site: http://www.cederj.edu.br

Que carreiras tem os melhores salários?

Publicado: 20 de julho de 2011 em Uncategorized

Estou quebrando a cabeça para responder a essa pergunta. como primeira parte assista o vídeo.

De maneira geral, não. A exceção são os cursos que pedem THE* e algumas habilitações de Letras como Inglês.

Então, supondo que voce deseja cursar Letras Português Latim na UFRJ, para usar um exemplo bem radical, não é necessário ter nenhum conhecimento de latim.

Essa afirmação merece duas ressalvas (no mínimo)

O fato de que você não precisa ter conhecimento prévio não significa que ao chegar na faculdade os professores darão todas as informações sobre tudo. Ser universitário demanda antes de tudo, pesquisa.  Prepare-se para longas horas dentro de bibliotecas, laboratórios, etc. para egos do tamanho de bondes e para gastar muito dinheiro com xérox ou material de todo tipo. A estrutura de aula com a qual vocês está acostumado muda bastante no ensino superior, não há uma pessoa para a qual se posssa reclamar que tal professor ‘ não passa bem a matéria’ e as coisas se tornam bem mais complicadas. Por isso, na faculdade você vai aprender (quase ) tudo o que teoricamente precisa saber para ser administrador, dentista ou professor, mas vai ter que correr atrás pra isso.

O fato de que você não precisa ter conhecimento prévio não significa que você não precise, pelo menos, ter algum interesse na área em que vai estudar.  Embora os conteúdos do ensino superior sejam muito diferentes dos do ensino médio, não se engane, se você não tem nenhuma (ênfase no nenhuma)  afinidade com cálculos não há promessa de salário astronômico que te faça  passar quatro anos numa faculdade de engenharia. Eu sei que você conhece uma pessoa que tem um primo que é vizinho de um cara que hoje trabalha na Petrobrás e ganha uma fortuna e que não era bom em matemática mas que estudou muito na faculdade e se deu bem. Tá, pode ser verdade, mas eu não pagaria para ver.

A segunda afirmação parece boba, mas leva a enganos que podem ser muitos prejudiciais.

Encaremos os fatos (parte 1):

Relações Internacionais não é turismo com salário de médico
Engenharia de produção não é administração com salário da Petrobrás
Jornalismo não é letras para quem não quer ser professor
Direito não é bacharelado em concurso público

*Teste de habilidade específica. Geralmente aplicado para carreiras relacionadas a arte (música, artes plásticas, dança, teatro…) e cursos como Arquitetura e Desenho Industrial. Prestem atenção que mesmo com a ampliação da adoção do ENEM ele continua existindo!

Pra quem estava na Lua nas últimas semanas, a UFRJ adotou o ENEM como única forma de ingresso.

http://vestibular.ufrj.br/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=11&Itemid=81

Isso significa que acaba oficialmente o único vestibular totalmente discursivo do Rio de Janeiro. Em sala me perguntaram o motivo dessa decisão, vou tentar apresentar aqui a minha visão dos fatos.

Política. Tudo é política. Você, futuro universitário (e com sorte, futuro aluno da UFRJ) comece a se acostumar com isso desde já. O fato é que ao adotar o ENEM coma única etapa do processo seletivo a UFRJ demonstra estar em sintonia com as demandas do governo federal para essa área. Há, obviamente, uma série de outras questões envolvidas no assunto, as ações afirmativas (cotas), a crença num modelo mais justo e democrático de seleção, etc. Não se engane, esses pontos também tem a ver com política. Não falo isso num tom pejorativo, quem ler esse post até o final vai ver que eu gosto da ideia, a questão é apenas demonstrar que nada é simples, que o mundo que o espera na Universidade apresenta questões que poderão ser lidas de mútiplas formas dependendo do posicionamento que for escolhido.

Resta uma outra questão, mais importante do que anterior: Como isso vai afetar a vida de quem pretende entrar na UFRJ  ano que vem?

Muita gente tem levantado a questão da concorrência, com a abertura de todas as vagas para o SISU o Brasil inteiro vai querer vir para a UFRJ. Acho que há um certo exagero nisso, mas infelizmente essa é uma informação que só poderemos constatar quando os resultados forem divulgados, então não acho que valha a pena refletir demais sobre.

A prova discursiva era bastante interessante, eu reconheço. Mas não se pode negar que a prova unificada, de maneira geral, tem também suas vantagens:

– Torna o vestibular mais acessível, todo mundo sabe que até pouco tempo atrás fazer todos o vestibulares do Rio saía uma fortuna

-Dá visibilidade à cursos interessantes e pouco conhecidos. Na minha opinião esse é o ponto forte do SISU. Quem conhece o vestibular da UFRJ sabe que segunda e terceira opções eram quase enfeites no formulário de inscrição. Agora o ‘candidato’ tem mais mobilidade. Eu conheço um monte de gente  que não conseguiu pontuação para algo concorrido e acabou optando por carreiras até então desconhecidas, muitos estão encantados como o curso e mesmo para os que não se deram tão bem, a experiência serviu para mostrar que valia a pena estudar mais um ano para entrar no “curso ideal”. Acho que o saldo é positivo pra todo mundo.

-Ajuda a combater uma certa, ‘farra de matrículas’. Eu, por exemplo, já estive matriculada simultaneamente em três universidades públicas. Não digo que isso tenha se tornado impossível, mas o fato é que com o SISU fica mais difícil burlar a lei. Apesar de nem sempre ter pensado assim hoje eu acho positivo que cada um tenha que escolher uma única universidade para estudar.

Esse é um tema amplo e talvez  um único post não tenha dado conta da questão. Qualquer dúvida, sobre esse tema ou para futuros posts,  por favor use o espaço dos comentários.